domingo, 13 de julho de 2008
ela largou as mãos dele e as esticou ao longo do corpo, apertando os olhos. Um silêncio longo e a faca tombou sob o peito de Carolina, enquanto ela prendia a respiração sentiu a faca escorregando e caindo em cima do plástico
abriu os olhos e deu de cara com Rodrigo, numa expressão muito calma e séria, examinando a faca
_o que foi?
_ ahn? – ele a encarou como se sua voz viesse distante, como um delírio
_ achei que você
_ é, eu ia te matar, mas percebi que... não teria graça.
_ por quê?
_ você não tem medo. Nem de mim, nem de morrer. Não chora, não pede pela sua vida. Chegou aqui sem acreditar que eu fosse um serial killer, mas quando viu a verdade não se deseperou, nem tentou fugir
_ vim até aqui porque achei você um cara legal. Mas depois de ver aquela geladeira, o que eu poderia fazer?
_ tentar lutar comigo e fugir
_ olha o seu tamanho e o meu, Rodrigo, só se eu fosse louca – Carolina se ergueu, sentando sobre o plástico – elas ficaram com medo, né
_ todas. A simples idéia de matar alguém que já esperava por isso não tem graça. Você nem se achou diferente ou especial por eu ter te contado tudo, simplesmente aceitou o inevitável. Acho que todo mundo devia ser assim invés achar que sua vida vale mais que a dos outros. No fim das contas, estar vivo é uma arbitrariedade e as pessoas só gastam seu tempo com mediocriades
_ todo mundo vai morrer, né?? - mas acho que se você me pegasse de surpresa talvez eu desesperasse. Ah sei lá, depois da decepção que tive com o Maurício nunca mais vou esperar algo bom de alguém
_ eu nunca esperei. Mas você tinha uma impressão errada de mim lá no chat, achou que eu estivesse fazendo gênero como esses canalhas de internet
_ esperava que nós saíssemos e fosse divertido, não mais que isso
_ não mesmo?
_ ah, minutos atrás eu esperava que você me matasse, mas isso não era bom, nem ruim
_ você queria morrer por causa da história com seu namorado?
_ não só por isso, mas é que tem horas que eu acho que a minha vida é cheia de complicaçõs, Rodrigo. Amar um canalha mentiroso, ter colegas invejosas no trabalho que tentam puxar meu tapete...é tão cansativo, pra quê tudo isso?
_ realmente, não faz sentido
_mas e agora, o que vamos fazer, se a minha vida é tão sem graça que você nem quer acabar com ela?
_ eu ainda não sei, Carolina. Mas uma coisa é fato. Agora que você sabe de tudo, não pode sai daqui enquanto não resolvermos
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9 comentários:
Bom... como eu já previra.... quando tudo parece apontar para uma única saída... eis que Stephanie nos mostra que ainda existem outras portas!
;)
Demais *--*
Hummm... O que será que eles farão??
Depois de ler toda a história, desde lá, o comecinho, só tenho uma coisa para dizer: Voces são tudo loucos! Eu tenho medo de todos. Acho que de quem eu tenho menos medo, nisso tudo, é do coitado do Rodrigo...
Rssssss!
Vamos ver quem será o autor da próxima reviravolta insana!
Bjs!
Eeeeeeu não sei de mais nada.
Acho que depois do Furacão G, muitas coisas mudarão nessa história... :D
olha só... ela não morreu... ainda!
=D
Passei os últimos 20 min lendo tudo desde o inicio.
Aliás, empreguei bem meu tempo, já que aqui no trabalho só tem coisa chata pra fazer (sim, protelo mesmo!).
E adorei a história e estou curioso pra ver o que ainda pode vir.
Sobre todos vcs serem loucos, isso é claro, né?
Conhece um blogueiro que não é?
;-)
Abraço e prazer a todos.
www.confissoesaesmo.wordpress.com
Eu ainda preferia que ela tivesse morrido.
Aliás, isso soou muito Sindrome de Estocolmo.
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